O título manhoso, a soberania e a falta dela: o DN não engana 





Num país onde a noções de independência e soberania são inexistentes, faz sentido que um jornal de direita informe os seus clientes que o Presidente da Venezuela afirma que o seu país tem capacidade para continuar a defender a sua soberania face às tentativas de o subjugar para lhe saquear as riquezas naturais.
E fazê-lo numa hora em que derrotou a campanha imperialista mundial contra a Venezuela, o país a que preside, as suas instituições e as manifestações de orgulho pela tomada de posse do Presidente eleito que os gringos consideram uma ameaça inusual à sua segurança ( seja o que ela for na cabeça dos homens da cia ). Seria de crer que qualquer presidente que realmente seja patriota fizesse tal afirmação e agisse em conformidade o tempo todo.
Torna-se evidente que uma tal afirmação é digna de nota e, por isso, metida num título de jornal dum país com uma sociedade que deixou de saber o que é soberania, para além do hino gritado pela gente do fetebol e o nome impresso, o seu, no mapa michelin do ano das estradas, hotéis e restaurantes da europa...
O DN, jornal onde o título espantoso apareceu, não tem autonomia noticiosa e passa por ser um meio de propaganda da nato, de baixa categoria aliás; não tem um dicionário na redacção; na net só acede a canais que são verdadeiros esgotos a funcionar ao contrário; a realidade é, para ele, a ficção da cia-mi6-mossad-sbu.
O DN passou os últimos 360 dias sem uma análise séria da realidade da américa do sul e da Venezuela, da Nicarágua, de Cuba, da Bolívia, por maioria de razão. Mas entrou na operação de propaganda do imperialismo à volta da tomada de posse do presidente eleito pelos venezuelanos em julho de 2014 contra a vontade dos oligarcas norte-americanos e dos seus capachos autóctones de dentro e de fora do país. Chulos de dollars e vende-pátria em acção há 25 anos, tantos tem a presidência-governo chavista de vida e a defender-se dos que lhe querem roubar a soberania.
Se o título referido tinha alguma intenção ela é difícil de descortinar e, por isso, irrelevante. Só serve para se ver a diferença entre soberania e "rasteirismo"; entre o orgulho e a falta dele. E como na Venezuela há um verdadeiro orgulho em ser-se soberano !!!
(oxisdaquestão)
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