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A mostrar mensagens de agosto, 2024

Quando ouvi Antony Blinken, secretário de Estado de Biden, afirmar que os Estados Unidos (EUA) tinham traçado um plano de paz com o qual Israel concordara e, que agora, esperavam o mesmo do Hamas, fiquei ligeiramente desconfiado. Só para não dizer que sorri.

  Quando ouvi Antony Blinken, secretário de Estado de Biden, afirmar que os Estados Unidos (EUA) tinham traçado um plano de paz com o qual Israel concordara e, que agora, esperavam o mesmo do Hamas, fiquei ligeiramente desconfiado. Só para não dizer que sorri. É, no mínimo, estranho que seja uma das partes do conflito a elaborar uma proposta para o fim desse mesmo conflito. E mais estranho seria se esse documento fosse sequer algo justo para ambos os lados. E antes que a discussão se alargue, digo sim: os EUA são uma das partes integrantes deste conflito no Médio Oriente. Aliás, de quase todos aqueles de que me lembro na região. Ou com as botas no terreno – como aconteceu no Kuwait, Síria e Iraque – ou, no caso israelita, patrocinando com armas, dinheiro, soldados e porta-aviões por perto, as chacinas feitas durante décadas ao povo da Palestina. Benjamin Netanyahu. Foto: DR Netanyahu discursa regularmente no Senado norte-americano, onde recebe palmas de conforto e donativos para de...

A hegemonia quimérica (Viriato Soromenho Marques, in Diário de Notícias, 12/08/2024)

  A hegemonia quimérica (Viriato Soromenho Marques, in Diário de Notícias, 12/08/2024) Gosta da Estátua de Sal? Click aqui Aguerra aguardada no grande Médio Oriente, imposta por Telavive (o aliado dependente) a Washington (a superpotência), desafia todos os fundamentos da teoria das grandes potências. Na última década, a literatura norte-americana, a partir de um inspirado artigo de 2012 do professor Graham T. Allison (n. 1940), tem revisitado o clássico livro de Tucídides (460-400 a.C.)  História da Guerra do Peloponeso  (trd. Rosado Fernandes, Gulbenkian). A tese central consiste na generalização da bipolaridade Esparta-Atenas, na Grécia Antiga, para outras situações históricas de luta entre duas potências (e alianças) para manter ou conquistar hegemonia. Essa grelha de leitura permitiria prever a quase inevitabilidade de uma guerra, em particular, entre os EUA (potência dominante) e a China (potência desafiante). O erro dessa famosa “armadilha de Tucídides” reside numa...

Ser de esquerda Antonio Pereira · 36 min · EXCELENTE DOCUMENTO HISTÓRICO --- Sionismo, 88 anos de roubo e pilhagem --- Publicado em 11 de agosto de 2024

  Ser de esquerda Antonio Pereira    ·  36 min    ·  Francisco Salpico 19 h    ·  EXCELENTE DOCUMENTO HISTÓRICO --- Sionismo, 88 anos de roubo e pilhagem --- Publicado em 11 de agosto de 2024 Aqui ofereço-lhes outro artigo do historiador Zachary Foster que expõe os métodos utilizados pelo sionismo, desde os seus primórdios até os dias atuais, para se apropriar do solo da Palestina. Este artigo recorda que a compra de terras pelos sionistas não lhes permitiu ter um domínio físico real no território da Palestina, uma vez que em 1947, pouco antes da criação da sua entidade, eles possuíam apenas 5,7% das terras. Lembraremos de passagem que na entidade um judeu não tem o direito de vender um terreno a um não-judeu. O método mais eficaz utilizado pelos sionistas para se apropriarem de terras tem sido o roubo, quer seja realizado pela força das armas ou por procedimentos legais que também envolvem roubo. Além de expor estes métodos de pilhagem ...