Excelente texto do melhor que já li sobre este assunto.
Costa Maria
Este é o meu braço esquerdo . Se repararem, tem uma marca enorme.
Esta é a marca da maior vitória de sempre perante os virus: a vacina da variola. Lembro-me que a vacina dava uma valente febre e criava esta grande erupção circular na pele, no meu caso com pus. Demorou mais de uma semana a sarar.
A varíola era uma terrível doença infecciosa, os doentes pareciam saídos de um filme de terror, cobertos de pústulas e frequentemente morriam. Historicamente foi responsável por grandes epidemias. Um único surto em Atenas, em 430 AC, matou um terço da população e deu início o declínio dessa civilização.
O SARS-COV2, perante a mortalidade do virus da varíola, é para meninos... é que a varíola tinha uma mortalidade de 30%, a COVID andará pelo 1 a 3%.
A partir de meados do século XX tentou-se vacinar o mundo inteiro, como forma de combater este flagelo. Só em Nova Iorque foram vacinadas 6 milhões de pessoas em menos de um mês!
Eu fui vacinado contra a varíola no princípio dos anos setenta, em Angola. Nessa altura raro era o canto do mundo onde as equipas médicas não chegavam, com as vacinas, vacinando toda a gente, mesmo em aldeias remotas, no meio do continente africano.
O que aconteceu então?
O mundo passou a estar vacinado e, sendo os humanos os únicos hospedeiros, o virus não encontrou mais ninguém a quem infetar e extinguiu-se.
Uma doença que, durante milhares de anos, foi responsável pelo declínio de civilizações inteiras e por muitos milhões de mortes, acabou por ser, miraculosamente, eliminada! É uma praga que nunca mais voltará a causar morte e destruição!
Este é o grande potencial das vacinas mas, na época AC (antes da COVID), o desenvolvimento científico desta área tornou-se lento... as vacinas eram consideradas "old news", afinal é um campo da ciência já com mais de 200 anos. A COVID veio transformar tudo, a investigação estoirou e surgiram as novas vacinas de mRNA e que permitem, se absolutamente necessário, criar uma vacina de emergência em poucas semanas.
Em DC (depois da COVID) as vacinas estão de novo na crista da onda da investigação e desenvolvimento e isto permite-nos ter perspetivas de, a médio prazo, conseguirmos extinguir não apenas a COVID mas outras doenças globais, como a gripe. De facto, as recentes tecnologias abrem até novas possibilidades de tratamentos eficazes em certos tipos de cancro.
O grande obstáculo, surpreendentemente, são as mentalidades. Quer acreditem quer não, uma faixa considerável da população é agora mentalmente mais atrasada e anti-científica do que em meados dos século passado!
Muita gente agora desconfia da ciência e considera que se a sociedade está a gastar tremendos recursos em vacinas é porque haverá algum objetivo secreto, quem sabe, controlar mentalmente a população, através da injeção de chips 5G.
São indivíduos com um receio atávico por aquilo que não conhecem e sem cultura suficiente para avaliarem por si próprios as informações científicas.
A Internet e as redes sociais, estranhamente, vieram exponenciar estas maneiras de pensar. Seria de esperar que mais informação disponível permitisse melhores decisões mas infelizmente as informações falsas circulam com igual facilidade.
A internet possibilita que pessoas suscetíveis à desinformação se reúnam, interajam e criem retroações positivas, gerando uma cultura própria, negacionista, anti-cientifica e anti-vacinas. No fundo, estas pessoas radicalizam-se mutuamente, criando um tampão ao bom senso.
A radicalização online está a incidir em áreas como:
- O fundamentalismo religioso, incluindo o islâmico
- O radicalismo vegan e pró-animal
- Os criacionistas
- Os terraplanistas
- Os adeptos das teorias da conspiração em geral
- O racismo, o nacionalismo e a extrema-direita
- Os anti-vacinas
- Os negacionistas
- Os fanáticos pelo futebol
- Etc.
Atualmente a Internet é um enorme amplificador de todos estes movimentos, criando uma preocupante nova realidade.
E se em Portugal todo este radicalismo afeta cerca de 10% da população, países há, como França, em que se atinge os 30%, dificultando até a vacinação contra uma pandemia!
A Internet acabou, inadvertidamente, por amplificar a estupidez humana.
Falta-nos uma vacina contra isso.
A REALIDADE......
Desconheço o autor.
Costa Maria
Este é o meu braço esquerdo . Se repararem, tem uma marca enorme.
Esta é a marca da maior vitória de sempre perante os virus: a vacina da variola. Lembro-me que a vacina dava uma valente febre e criava esta grande erupção circular na pele, no meu caso com pus. Demorou mais de uma semana a sarar.
A varíola era uma terrível doença infecciosa, os doentes pareciam saídos de um filme de terror, cobertos de pústulas e frequentemente morriam. Historicamente foi responsável por grandes epidemias. Um único surto em Atenas, em 430 AC, matou um terço da população e deu início o declínio dessa civilização.
O SARS-COV2, perante a mortalidade do virus da varíola, é para meninos... é que a varíola tinha uma mortalidade de 30%, a COVID andará pelo 1 a 3%.
A partir de meados do século XX tentou-se vacinar o mundo inteiro, como forma de combater este flagelo. Só em Nova Iorque foram vacinadas 6 milhões de pessoas em menos de um mês!
Eu fui vacinado contra a varíola no princípio dos anos setenta, em Angola. Nessa altura raro era o canto do mundo onde as equipas médicas não chegavam, com as vacinas, vacinando toda a gente, mesmo em aldeias remotas, no meio do continente africano.
O que aconteceu então?
O mundo passou a estar vacinado e, sendo os humanos os únicos hospedeiros, o virus não encontrou mais ninguém a quem infetar e extinguiu-se.
Uma doença que, durante milhares de anos, foi responsável pelo declínio de civilizações inteiras e por muitos milhões de mortes, acabou por ser, miraculosamente, eliminada! É uma praga que nunca mais voltará a causar morte e destruição!
Este é o grande potencial das vacinas mas, na época AC (antes da COVID), o desenvolvimento científico desta área tornou-se lento... as vacinas eram consideradas "old news", afinal é um campo da ciência já com mais de 200 anos. A COVID veio transformar tudo, a investigação estoirou e surgiram as novas vacinas de mRNA e que permitem, se absolutamente necessário, criar uma vacina de emergência em poucas semanas.
Em DC (depois da COVID) as vacinas estão de novo na crista da onda da investigação e desenvolvimento e isto permite-nos ter perspetivas de, a médio prazo, conseguirmos extinguir não apenas a COVID mas outras doenças globais, como a gripe. De facto, as recentes tecnologias abrem até novas possibilidades de tratamentos eficazes em certos tipos de cancro.
O grande obstáculo, surpreendentemente, são as mentalidades. Quer acreditem quer não, uma faixa considerável da população é agora mentalmente mais atrasada e anti-científica do que em meados dos século passado!
Muita gente agora desconfia da ciência e considera que se a sociedade está a gastar tremendos recursos em vacinas é porque haverá algum objetivo secreto, quem sabe, controlar mentalmente a população, através da injeção de chips 5G.
São indivíduos com um receio atávico por aquilo que não conhecem e sem cultura suficiente para avaliarem por si próprios as informações científicas.
A Internet e as redes sociais, estranhamente, vieram exponenciar estas maneiras de pensar. Seria de esperar que mais informação disponível permitisse melhores decisões mas infelizmente as informações falsas circulam com igual facilidade.
A internet possibilita que pessoas suscetíveis à desinformação se reúnam, interajam e criem retroações positivas, gerando uma cultura própria, negacionista, anti-cientifica e anti-vacinas. No fundo, estas pessoas radicalizam-se mutuamente, criando um tampão ao bom senso.
A radicalização online está a incidir em áreas como:
- O fundamentalismo religioso, incluindo o islâmico
- O radicalismo vegan e pró-animal
- Os criacionistas
- Os terraplanistas
- Os adeptos das teorias da conspiração em geral
- O racismo, o nacionalismo e a extrema-direita
- Os anti-vacinas
- Os negacionistas
- Os fanáticos pelo futebol
- Etc.
Atualmente a Internet é um enorme amplificador de todos estes movimentos, criando uma preocupante nova realidade.
E se em Portugal todo este radicalismo afeta cerca de 10% da população, países há, como França, em que se atinge os 30%, dificultando até a vacinação contra uma pandemia!
A Internet acabou, inadvertidamente, por amplificar a estupidez humana.
Falta-nos uma vacina contra isso.
A REALIDADE......
Desconheço o autor.
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